26.9.08
Halo Benders - Boise, Idaho, Vac
Uma banda que não fica nada a dever a Built to Spill... tem o vocalista de Buil to Spill como guitarrista e vocalista em alguns trechos, mão não tem muito que ver com Built to Spill.
E só assim tem sentido fazer uma banda paralela, é para fazer algo diferente do que se faz coma principal.
Bom som.
Built to Spill - Car
Vejam aqui algo mais sobre esta grande banda da ressaca do grunge... na senda de música alternativa mais ao género "Pavement".
24.9.08
Sou Barco - Luis Cilia
Tantos, tantos são os esquecidos, que tenho muito prazer em os lembrar.
Ao lado do Zeca, do Adriano, do Zé Mário, do Pedro, do Sérgio, há o Luis Cilia. Grande músico de intervenção.
Pesquisem sobre este senhor.
19.9.08
Mississippi Fred McDowell - Goin Down to the River
Para quem duvida que o blues é a matriz principal do rock... E não há cá baterias!!!
17.9.08
Rage Against The Machine - Sleep Now In The Fire
Muito a propósito de capitalismo e money money money...
Crises... capitalismo.
A porcaria do capitalismo em mais uma das suas crises... Só que desta feita ainda pior, porque o sistema entrou em descontrolo total... e já não se sabe quando termina uma crise e começa outra porque simplesmente vive-se em permanente crise. É nisto que dá o capitalismo, senão veja-se o que se passa com a teoria económica capitalista no caso dos combustíveis, por exemplo...
9.9.08
Adriano Correia de Oliveira - Cantar de Emigração
Grande Adriano...
Indiscutivelmente, a par do Zeca, o maior da música portuguesa (não te zangues Fausto; Pedro Barroso; José Mário Branco; Sérgio Godinho; e noutra onda Jorge Palma...).
O poema original, de rosalía de Castro:
Rosalia de Castro
"Este vaise, aquele vaise e todos, todos se van,
Galicia, sin homes quedas que te poidan traballar.
Tés, en cambio, orfos e orfas
e campos de soledad,
e pais que non teñen fillos
e fillos que non tén pais.
E tés corazóns que sufren
longas ausencias mortás,
viudas de vivos e mortos
que ninguén consolará.
¡Olvidémo-los mortos!"
José Afonso - Os Vampiros
É com o este mesmo sentimento que o José Afonso escreveu que aqui me confesso tornado comunista.
Não que tenha mudado a minha forma de pensar. Apenas cheguei à conclusão que não é por meio de meios passos que atingiremos o socialismo. Terá de haver sempre um processo revolucionário.
Ainda por cima vendo o que de há uns anos para cá se passa com a família política "socialista"...
Qualquer velho republicano socialista daria milhares de voltas na campa se soubesse o que vai no partido que se auto-intitula socialista... e depois não passa de mais do mesmo no poder.
Não mudei. Acordei.
E já agora, quando acordarás tu, Manuel Alegre??? (sim, também há boa gente nesse partido, não é só a escumalha do poder, dos jpbs e dos boys e dos jobs for the boys).
Continuo socialista. Mas comunista.
"No céu cinzento / Sob o astro mudo / Batendo as asas / Pela noite calada / Vêm em bandos / Com pés de veludo / Chupar o sangue / Fresco da manada
Se alguém se engana / Com seu ar sisudo / E lhes franqueia / As portas à chegada / Eles comem tudo / Eles comem tudo / Eles comem tudo / E não deixam nada
São os mordomos / Do universo todo / Senhores à força / Mandadores sem lei / Enchem as tulhas / Bebem vinho novo / Dançam a ronda / No pinhal do rei
Eles comem tudo / Eles comem tudo / Eles comem tudo / E não deixam nada"
Zeca Afonso - Os Vampiros
É com a mesma desilusão do José Afonso ao escrever "Os Vampiros" que me sinto ao olhar para o estado a isto chegou que declaro que me tornei comunista.
Não é com falinhas mansas dos que se dizem socialistas e fazem tudo ao contrário que se defende a utopia socialista.
O velho socialismo republicano teria vergonha de haver um partido que se diz socialista e na prática governa à direita e provoca um retrocesso imenso no evoluir da sociedade.
É no comunismo que ainda resiste o verdadeiro socialismo na realidade actual.
E como tal, não podemos compactuar com os patetas do PS.
O meu cartão está rasgado. O meu socialismo não. Apenas esquerdei. Ou acordei.
É com mágoa verdadeira que verifico a necessidade que me assalta de fazer isto.
PS: ó Alegre, quando vais acordar também???
3.9.08
Sophia de Mello Breyner Andresen - As pessoas sensíveis
As pessoas sensíveis não são capazes
De matar galinhas
Porém são capazes
De comer galinhas
O dinheiro cheira a pobre e cheira
À roupa do seu corpo
Aquela roupa
Que depois da chuva secou sobre o corpo
Porque não tinham outra
O dinheiro cheira a pobre e cheira
A roupa
Que depois do suor não foi lavada
Porque não tinham outra
"Ganharás o pão com o suor do teu rosto"
Assim nos foi imposto
E não:
"Com o suor dos outros ganharás o pão."
Ó vendilhões do templo
Ó constructores
Das grandes estátuas balofas e pesadas
Ó cheios de devoção e de proveito
Perdoai-lhes Senhor
Porque eles sabem o que fazem.
Sophia de Mello Breyner Andresen - As pessoas sensíveis (Livro sexto)
De matar galinhas
Porém são capazes
De comer galinhas
O dinheiro cheira a pobre e cheira
À roupa do seu corpo
Aquela roupa
Que depois da chuva secou sobre o corpo
Porque não tinham outra
O dinheiro cheira a pobre e cheira
A roupa
Que depois do suor não foi lavada
Porque não tinham outra
"Ganharás o pão com o suor do teu rosto"
Assim nos foi imposto
E não:
"Com o suor dos outros ganharás o pão."
Ó vendilhões do templo
Ó constructores
Das grandes estátuas balofas e pesadas
Ó cheios de devoção e de proveito
Perdoai-lhes Senhor
Porque eles sabem o que fazem.
Sophia de Mello Breyner Andresen - As pessoas sensíveis (Livro sexto)
Subscrever:
Mensagens (Atom)